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Charme
ou R&B Contemporâneo
Movimento
que se evidenciou em 2012 devido à novela “Avenida Brasil”,
exibida na Rede Globo de Televisão, o Charme é uma expressão
cultural voltada para os apreciadores da música americana nomeada de
Black Music.
Com
batidas entusiasmantes este estilo é feito para se dançar em grupo,
pois o importante é o estilo das danças, figurinos e a
sincronização dos indivíduos. O reduto de um Charmeiro é sempre
movimentado, nesta dança não necessita ser profissional, mas é
necessário saber entrar no compaço dos passos simples ou
incrementado de movimentos se já for acostumado. O figurino neste
movimento cultural é um dos pontos mais importantes, blusas,
bermudas, calças, tênis ou salto, chapéus, bonés, boinas,
brincos, colares, pulseiras, faixas, anéis ou ate mesmo óculos são
itens elegantes essenciais em um dançarino de charme.
Os
bailes charme são desta forma eventos onde são executadas as
músicas desta natureza, nos quais seus frequentadores primam pelo
estilo elegante de suas roupas, e prezam originalmente pelas cores e
nas referências ao caráter afro nos penteados e acessórios, sem
falar na variada gama de seus passos e danças, desenvolvidas no
salão, ao som das músicas tocadas pelo DJ. O baile charme consiste
então como um movimento popular cultural que propõe uma reinvenção
da identidade cultural negra, expressa através das danças, da
música, das roupas, da disseminação de valores de respeito ao
próximo e da cordialidade.
No
Brasil este tipo de baile ocorria frequentemente só no Estado do Rio
de Janeiro, porém desde a década de 80 ele ocorre em outros estados
como: São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília. Na
capital do país o movimento ocorre desde a década de 80, um dos
percursores é o D’j Celsão, onde movimentava as casas noturnas de
todo o DF e entorno. Atualmente o baile ocorre na Happy Hour- Quinta
do Charme no Shopping Boullevard com o Dream Team DJ’s R&B. Um
grupo que também tem uma fama neste reduto é o “Spaya Brasa”
que tem seus componentes desde o começo do movimento na capital.
Então
o Charme virou um mais um estilo brasileiro, que não é genuíno
como muitos outros, onde esta em crescendo popularmente nas cidades
brasileiras.
HISTORIA
DO CHARME NO BRASIL
Charmeiro é
utilizado para designar os apreciadores de uma vertente da Black
music (música negra americana), conhecida popularmente no Brasil
como charme, termo usado para o R&B contemporâneo no Brasil, que
se desenvolveu a partir do urban.
A origem deste estilo remonta uma época paralela à Soul music, nos anos 1970, cuja execução no Brasil foi realizada por DJs como Mister Funk Santos. O charme tem mais do som da Filadélfia pelos arranjos e melodia do que propriamente do Soul, afinal, tratava-se de uma terceira vertente depois do Soul e o funk.
No final de 1976, a Soul music dava sinais de desgaste, seja pela pulverização do repertório ou pela não renovação do seu público. Outro detalhe que apressaria a morte do Soul foi o nascimento de outro movimento entre jovens brancos da Zona Norte e Oeste do Rio - "O som das Cocotas". Fica aqui o registro que o movimento "Black Rio" era formado por 60% de negros e pardos, 40% de brancos e mestiços pobres da periferia da cidade. O primeiro "baque" sofrido pelo movimento Soul foi, sem dúvida, a descoberta e identificação do som "pop-rock" pelos frequentadores brancos da zona norte. O segundo e definitivo golpe sofrido pela agonizante Soul music foi dado pela revolução trazida pelo disco music em 1977. Por ter sido um movimento mundial, a disco music mudou o comportamento, a moda e a cultura dos jovens da Zona Norte do Rio e boa parte de Brasil.
O termo charme (R&B) foi criado por Corello DJ, no Rio de Janeiro, em março de 1980. O DJ Corello começou na época a fazer experiências de outras formas de Black music. Ele introduz a musicalidade do charme e as pessoas começam a gostar. Ele não tinha dado um nome para essa experiência, mas observou que quem dançava tinha um movimento corporal bem diferenciado. Em um baile no Mackenzie, no bairro do Méier, o Corello convida: "Chegou a hora do charminho, transe seu corpo bem devagarinho". Essa estória do "charminho" ficou na cabeça das pessoas e elas passaram a falar: "agora eu vou pro charminho, vou ouvir um charme, vou lá ao Corello que vai ter charme".
Em 1980 a discoteca se enfraquece como movimento de "dança coletiva", abrindo espaço para o "pop orientado" das gravadoras multinacionais instaladas no Brasil, deixando, por assim dizer, um vácuo musical nas equipes de som do subúrbio do Rio. Corello aproveitou esse "hiato" musical e experimentou músicas e estilos não percebidos por outros DJ's da época.Personalidades do charme e artistas
O charme também contou com a colaboração direta de DJ's que abraçaram a causa e começam a romper com a estrutura antiga das equipes de som, segundo a qual, o "dono" da equipe determinava a linha musical a ser seguida sem questionamentos. O primeiro a aderir foi o DJ Marcão da Rádio Tropical do Rio de janeiro, A DJ e locutora Áurea, DJ Marlboro (em início de carreira), Fernandinho DJ, Orlando DJ, entre outros.
No final dos anos 1980 e início dos 90, surgiram os primeiros artistas nacionais que começaram a produzir músicas no Brasil ou a adaptar antigas canções para este gênero musical. Dentre estes cantores destacam-se: Alexandre Lucas (como vocalista da Banda Fanzine ou em seu carreiro solo), Edmon, Abdula, Marta Vasconcelos, o conjunto Fat Family, Sampa Crew, Copacabana Beat, Claudinho & Buchecha [3], Marina Lima, Fernanda Abreu, D’black e Shirley Carvalho.
As músicas de estilo charme passaram também a ser executadas nas rádios, nas frequências FM e AM. Nas décadas de 80 e 90 surgiram vários programas especializados em charme.
A origem deste estilo remonta uma época paralela à Soul music, nos anos 1970, cuja execução no Brasil foi realizada por DJs como Mister Funk Santos. O charme tem mais do som da Filadélfia pelos arranjos e melodia do que propriamente do Soul, afinal, tratava-se de uma terceira vertente depois do Soul e o funk.
No final de 1976, a Soul music dava sinais de desgaste, seja pela pulverização do repertório ou pela não renovação do seu público. Outro detalhe que apressaria a morte do Soul foi o nascimento de outro movimento entre jovens brancos da Zona Norte e Oeste do Rio - "O som das Cocotas". Fica aqui o registro que o movimento "Black Rio" era formado por 60% de negros e pardos, 40% de brancos e mestiços pobres da periferia da cidade. O primeiro "baque" sofrido pelo movimento Soul foi, sem dúvida, a descoberta e identificação do som "pop-rock" pelos frequentadores brancos da zona norte. O segundo e definitivo golpe sofrido pela agonizante Soul music foi dado pela revolução trazida pelo disco music em 1977. Por ter sido um movimento mundial, a disco music mudou o comportamento, a moda e a cultura dos jovens da Zona Norte do Rio e boa parte de Brasil.
O termo charme (R&B) foi criado por Corello DJ, no Rio de Janeiro, em março de 1980. O DJ Corello começou na época a fazer experiências de outras formas de Black music. Ele introduz a musicalidade do charme e as pessoas começam a gostar. Ele não tinha dado um nome para essa experiência, mas observou que quem dançava tinha um movimento corporal bem diferenciado. Em um baile no Mackenzie, no bairro do Méier, o Corello convida: "Chegou a hora do charminho, transe seu corpo bem devagarinho". Essa estória do "charminho" ficou na cabeça das pessoas e elas passaram a falar: "agora eu vou pro charminho, vou ouvir um charme, vou lá ao Corello que vai ter charme".
Em 1980 a discoteca se enfraquece como movimento de "dança coletiva", abrindo espaço para o "pop orientado" das gravadoras multinacionais instaladas no Brasil, deixando, por assim dizer, um vácuo musical nas equipes de som do subúrbio do Rio. Corello aproveitou esse "hiato" musical e experimentou músicas e estilos não percebidos por outros DJ's da época.Personalidades do charme e artistas
O charme também contou com a colaboração direta de DJ's que abraçaram a causa e começam a romper com a estrutura antiga das equipes de som, segundo a qual, o "dono" da equipe determinava a linha musical a ser seguida sem questionamentos. O primeiro a aderir foi o DJ Marcão da Rádio Tropical do Rio de janeiro, A DJ e locutora Áurea, DJ Marlboro (em início de carreira), Fernandinho DJ, Orlando DJ, entre outros.
No final dos anos 1980 e início dos 90, surgiram os primeiros artistas nacionais que começaram a produzir músicas no Brasil ou a adaptar antigas canções para este gênero musical. Dentre estes cantores destacam-se: Alexandre Lucas (como vocalista da Banda Fanzine ou em seu carreiro solo), Edmon, Abdula, Marta Vasconcelos, o conjunto Fat Family, Sampa Crew, Copacabana Beat, Claudinho & Buchecha [3], Marina Lima, Fernanda Abreu, D’black e Shirley Carvalho.
As músicas de estilo charme passaram também a ser executadas nas rádios, nas frequências FM e AM. Nas décadas de 80 e 90 surgiram vários programas especializados em charme.
Bailes charme
No fim da década de 1980 e até meados dos anos 1990, os bailes-charme passaram a atrair uma grande quantidade de pessoas. Alguns eventos chegaram a registrar uma frequência de 5.000 pessoas e isto estimulou inclusive a vinda de artistas internacionais especialmente para se apresentarem nestes bailes, como Sybil, Curtis Hairston, Glen Jones e Omar Chandler.
Servem até hoje como ponto de referência da realização destes bailes, os seguintes locais, no Rio de Janeiro:Baile do Viaduto de Madureira - Viaduto Negrão de Lima Bairro (Madureira);
Grêmio Recreativo Vera Cruz, no bairro da Abolição;
Portelão, em Madureira;
Disco Voador, em Marechal Hermes (que chegou a ser conhecido como o "Templo do Charme");
Bola Preta, Avenida Treze de Maio, no Centro da Cidade;
Clube Marajoara, no bairro Fonseca, em Niterói;
Point Chique Charm (Padre Miguel - RJ);
Caldeirão do Huck (Realengo).
Além das músicas e do trabalho dos DJs, outro atrativo dos bailes é o desempenho de grupos de dança, que por vezes são espontaneamente formados pelos próprios frequentadores dos bailes. Estes grupos podem apresentar passos sincronizados e diferenciados de outros. Em algumas ocasiões podem são promovidas competições para avaliação do desempenho de cada grupo e estimular cada vez mais a criação de novos passos de dança, para que sejam apreciados por todos os frequentadores do baile. Denominações no movimento charme
Nesta trajetória desde os anos 1980, os Charmeiros passaram a classificar as músicas e chamá-las de acordo com a ocasião de respectivos lançamentos, atribuindo-lhes o nome de "flash back" às músicas produzidas até meados dos anos 1980 e "midbacks" às produzidas entre o final dos anos 1980 e em toda a década de 1990. Esta denominação diferenciada das músicas no movimento charme também se deve parcialmente à existência de variadas vertentes dentro deste estilo, como por exemplo, New Jack Swing, Smooth jazz, Slow Jams Urban e R&B Contemporâneo, que foram, dependendo de sua época, mais comumente produzidas e executadas.
Com certa regularidade são promovidos bailes de flash back e midbacks, especialmente para reunião de antigos frequentadores dos bailes charme. Nestes bailes especiais, é nítida a diferença entre a faixa etária de seus frequentadores, tradicionalmente chamados de "cascudos", em relação àquela vista em bailes com músicas atuais.
Conclusão
Entende-se
que o Charme se transformou em uma nova manifestação cultural
brasileira, onde no começo era um estilo cultural só para a
população negra e de classe média baixa, visão popular, no
entanto atualmente vemos que esta cultura não é só exclusiva deste
grupo social, pessoas de várias etnias e classes sociais se embalam
neste movimento. Não podendo ser confundido com o funk carioca, o
charminho pode realizar como muitos movimentos culturais uma
socialização entre vários indivíduos através de sua vasta
cultura que ronda através da dança envolvendo varias
características.
Como
cultura popular ele é passado oralmente de geração para geração,
com ajuda dos meios de comunicação, televisão, radio e etc. Nele o
destaque é a população, a
periferia, isso faz com que a arte popular seja contemporânea ao seu
tempo
.Iohanna N 19
.Iohanna N 19
Bruna braga N11
Kaled N21
Layhon N 24
Lucas bastos N25
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